A segurança do trabalho é um direito de todo trabalhador e as empresas devem saber como colocar em prática as etapas que garantem a segurança de seus colaboradores.
Além disso, essa é uma forma de proporcionar um ambiente de trabalho mais confortável e seguro, tendo também a preocupação com a prevenção de acidentes e processos causados por acidente de trabalho.
Durante o artigo de hoje, vamos destacar os 7 passos que as instituições devem dar para colocar em prática a segurança do trabalho.
Boa leitura!
O que é segurança e saúde do trabalho?
Sabemos que as normas existem e que elas servem para serem seguidas, justamente por terem a finalidade de ajustar e padronizar as condutas.
As empresas devem observar os riscos através de um mapeamento para que as normas que protegem o trabalhador no ambiente de trabalho sejam realizadas.
E sabemos, toda corporação que é composta por funcionários, tem o dever de oferecer um espaço seguro.
Ao contrário do que muitos pensam, a prática em segurança do trabalho, não traz benefícios apenas para os trabalhadores, uma vez que a produtividade aumenta quando estes se sentem mais seguros.
Uma pesquisa da Deloitte, encomendada pelo Great Place to Work (GPTW), aponta que 67% dos colaboradores sentem-se mais produtivos ao trabalharem em ambientes seguros e saudáveis.
Também conhecido pela sigla SST (Saúde e Segurança no Trabalho), é um conjunto de normas estabelecidas e exigidas pelo MTE (Ministério do Trabalho e do Emprego).
O objetivo do SST é fazer com que os riscos de acidentes de trabalho ou o surgimento de doenças provocadas pela empresa, possam diminuir ou deixar de existir.
Leia também: Riscos ocupacionais no trabalho: o que são e como classificá-los?
Quais são as boas práticas de saúde e segurança do trabalho?
Para evitar acidentes de trabalho, a prevenção é fundamental. Saber quais práticas fazem a diferença e identificar os fatores de risco já ameniza bastante as consequências negativas dentro de uma instituição.
Ter que resolver problemas como relações interpessoais tóxicas, estresse, acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, não é uma tarefa fácil, principalmente porque tudo isso causa danos na produtividade da empresa.
Portanto, podemos entender que ter boas práticas, bem como implementar bons hábitos, não só evita maiores dores de cabeça como também proporciona bem estar para todos os trabalhadores.
Vejamos agora quais são as boas práticas de Saúde e Segurança do trabalho:
1. Promover treinamento da equipe
Promover treinamentos e cursos para as equipes no ambiente de trabalho assegura que procedimentos de segurança sejam executados.
Como sabemos, quanto mais conhecimento temos, mais sabemos lidar e identificar as situações de riscos.
Capacitar os profissionais é de suma importância, principalmente quando falamos de riscos como trabalho em altura, trabalho em espaços confinados, entre outros.
Além disso, vale ressaltar que alguns treinamentos são obrigatórios. Os treinamentos normativos são exigidos por leis que constam nas normas, como a NR-1.
Lembrando que o treinamento deve ser feito conforme as funções desempenhadas pelo funcionário.
2. Criar meios de comunicação sobre o assunto
Aproveitar os meios de comunicação para manter a equipe sempre bem informada é uma alternativa interessante para manter a prática de segurança do trabalho.
Além do mais, é uma forma de informar e demonstrar preocupação e motivar aqueles que colaboram com o desenvolvimento da instituição.
Toda organização tem o dever de proteger seus funcionários. Realizar esses treinamentos e levantar pautas que abordam estes assuntos é essencial.
3. Disponibilizar EPIs de qualidade
Os EPIs (equipamento de proteção individual) são acessórios que fazem parte do dia a dia dos trabalhadores. Eles servem para proteger as pessoas dos riscos durante a jornada de trabalho.
Disponibilizar materiais de segurança também é uma das obrigações das empresas.
Os EPIs com uma qualidade ruim podem fazer com que a produtividade do funcionário diminua e ainda coloca em risco a saúde do colaborador.
Para que isso não aconteça, vale realizar uma avaliação nos equipamentos antes de comprar.
Sempre que possível, deve ser conversado com o fornecedor, para entender melhor sobre a qualidade do produto conforme a necessidade.
Vejamos alguns EPI que protegem o trabalhador:
- Equipamentos de proteção auditiva: protetores de ruídos;
- Equipamentos para proteção respiratória: máscaras;
- Equipamentos para a proteção visual: óculos e viseiras;
- Equipamentos para proteger a cabeça: capacetes;
- Equipamentos para proteger pés e mãos: luvas e botas;
- Equipamentos que evitam quedas: cintos de segurança.
4. Realizar manutenções preventivas
Para evitar acidentes, também é necessário realizar uma manutenção periódica para manter a segurança.
Esperar que as máquinas apresentem problemas acaba saindo mais caro o reparo e atrapalha a produção dos trabalhos, pois fica durante um determinado tempo no conserto para restaurar as peças.
A produção preventiva evita que a quebra de equipamentos aconteça, pois ações como a do softwares de gestão, por exemplo, monitora a variável e ajuda no processamento de controle na máquina, o que é essencial para reduzir custos.
A microfiltragem é outro meio de prevenção eficiente, uma vez que a passagem do óleo nos filtros elimina os elementos que contaminam e provocam falha de bombas e válvulas.
Para analisar os possíveis desgastes que acontecem dentro das máquinas, o procedimento de ferrografia faz muito bem este papel. Isto impede desgastes e quebras inesperadas.
Análise de vibração também é um procedimento indispensável, visto que é através dele que se analisa de maneira correta o acoplamento das partes da máquina, verificando se há a existência de trincas.
É um procedimento parecido com a endoscopia, que realiza uma verificação interna da máquina.
5. Garantir os direitos dos colaboradores
Para que os direitos sejam garantidos, a corporação precisa estar por dentro de todos os assuntos relacionados à saúde e segurança do trabalho e de todas as normas, conhecidas como NR.
Assim, fica claro quais passos devem ser seguidos para garantir os direitos dos trabalhadores, o que resulta na diminuição ou eliminação dos acidentes de trabalho, dos gastos e das ações judiciais.
Lembrando que o que causa ação judicial é a falta de cumprimento com as normas regulamentadoras, não oferecer treinamentos com os EPIs aos funcionários, não informar os riscos nos locais e os procedimentos que devem ser seguidos, dentre outros.
Vale frisar que as consequências de um processo judicial não só coloca em questionamento a seriedade e os valores de uma instituição, como também põe a responsabilidade criminal do artigo 19, §2º da Lei 8.213/91 sobre a empresa.
Este artigo diz sobre a violação penal, quando a empresa deixa de cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho.
O estabelecimento deve pagar todas as despesas médicas, pensões vitalícias ou mensais ao trabalhador que sofreu acidente no trabalho ou doenças ocupacionais como LER (Lesão por Esforço Repetitivo), asma, surdez e outras enfermidades.
Uma possibilidade para evitar todas essas situações, é seguir as normas como a lei dita e ter uma comunicação aberta e respeitosa com a equipe de trabalho.
Se acontecer do contratado sentir quaisquer mudanças físicas ou mentais, ele deve comunicar imediatamente ao seu superior, para que as providências de afastamento e acompanhamento médico sejam tomadas.
Porém, é importante deixar estabelecidas e claras essas etapas, comunicando a todos os setores, para que tudo ocorra conforme a lei.
6. Desenvolver um plano de ação
O desenvolvimento de planos é crucial para a segurança de todos. Um mapeamento irá ajudar a desenvolver propostas e soluções para que os riscos sejam amenizados.
Fazer um levantamento dos equipamentos que devem ser utilizados bem como promover o treinamento de como agir em cada situação de trabalho são ações relevantes.
Cursos, palestras e workshops de forma periódica informa, qualifica a equipe e previne acidentes.
Os planos de emergências também são processos que gerenciam os riscos ou perdas. Vale elaborar essa estratégia para garantir que numa possível eventualidade negativa, a empresa seja evacuada com segurança.
Em casos de incêndio, por exemplo, as pessoas geralmente entram em pânico e não sabem muito bem o que fazer.
Por este motivo, um exercício que coloque em prática o abandono de locais perigosos é necessário.
7. Checagens diárias
Para garantir que está tudo ocorrendo conforme o desejado, fazer uma checagem por dia ajuda a manter o controle.
É uma forma muito prática e eficaz que garante a proteção de todos, em razão de:
- Detectar riscos;
- Analisar o cumprimeto das normas;
- Garantir tranquilidade da equipe;
- Prevenir acidentes;
- Aumentar a segurança.
Existe também a opção de realizar uma checklist todos os dias, assim as etapas serão analisadas, evitando esquecimentos. O ideal é que este seja um hábito.
Cada trabalho tem as suas particularidades, sendo os tipos de checklist desenvolvidos para cada um:
- Checklist de ferramentas e equipamentos
Neste contém exigências mínimas que previnem acidentes. A norma NR-12 estabelece um padrão, que foi feito para evitar desastres.
- Checklist maquinário
A checklist é eficaz e evita riscos mecânicos e elétricos, possibilitando também a realização de reparos e manutenções.
Um ponto positivo é que a checklist pode ser adaptada conforme as necessidades da corporação.
Tem ainda a forma de realizar checklist através da ajuda de softwares. Assim, o funcionário fica disponível para realizar outras tarefas e otimizar o tempo de trabalho.
8. Seguir as leis regulamentadoras
Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que 2,6 milhões de pessoas relataram que já sofreram algum tipo de acidente de trabalho.
Este cenário é alarmante, pois significa que nem todas as empresas cumprem com as normas regulamentadoras.
Sabemos que seguir todas as 35 normas garante o direito dos auxiliares e reduz os custos da folha de pagamento, pois há uma redução dos afastamentos causados por práticas não saudáveis.
Se as multas pela fiscalização do Ministério do Trabalho diminuem por motivos de cumprimento das normas, os gastos destinados a estes pagamentos são menores ou inexistentes.
Assim, a corporação pode destinar a verba para outros investimentos e ainda conquistar a visibilidade positiva perante o mercado, o que é fundamental para a boa imagem da marca.
Tudo isso gera motivação, engajamento com o time e otimização de trabalho. São muitas vantagens para empresas e colaboradores.
Empresas que não investem em práticas de Segurança do trabalho
Este tipo de pensamento não é mais cabível, portanto essas corporações que não investem em práticas de segurança do trabalho estão fadadas ao fracasso.
Vejamos, uma empresa que não dispõe de todos os pontos seguros citados durante o artigo, não tem responsabilidade social.
Por conseguinte, vale ressaltar que multas e processos trabalhistas terão estes negócios em específico como alvo, justamente por fugirem das leis relacionadas ao tema.
Isto sem citar a imagem e a reputação, que são negativas por terem ações irresponsáveis.
A produtividade tende a ser baixa, e a quantidade de empregados afastados por motivos de saúde pode ser elevada, o que gera maiores problemas, inclusive os financeiros.
Prezar por um espaço seguro também é um fator motivacional, onde o trabalhador sente-se animado para exercer a profissão, pois não é só a questão salarial que colabora com o estímulo, e sim um conjunto de características que engloba segurança e tranquilidade.
Quais são as principais atividades da segurança do trabalho?
As atividades desenvolvidas têm o objetivo de proteger a saúde dos contratados de uma empresa, bem como informar sobre a conscientização das regras e dos procedimentos.
Para tal, existe a equipe de médicos, de enfermeiros e de engenheiros especialistas em segurança do trabalho.
O que é necessário para desenvolver as principais atividades:
- Elaborar consulta de documentos e leis para verificar riscos, pesquisar NRs;
- Oferecer palestras, conversas, cursos e treinamentos para disseminar conhecimento e deixar o time confiante;
- Orientar sobre CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), que tem o propósito de prevenir doenças e acidentes que ocorrem no trabalho;
- Criar programas de promoção de saúde.
Realizar campanhas educativas ajudam na prevenção de acidentes e a promoção da saúde é extremamente relevante, já que preserva a vida de todos e garante um meio de trabalho produtivo e saudável.
Uma pesquisa do SESI demonstra que dos gestores participantes ouvidos, 81% concordam e pretendem criar ou melhorar programas de promoção de saúde.
A pesquisa também demonstra que 62% dos empresários apontam que a gestão de informação da saúde dos trabalhadores deve ser fortalecida.
Contudo, podemos perceber a importância de informar e incentivar estes temas nas empresas, até mesmo para que a marca prospere com o apoio de todos que fazem parte dela.
Agora que você já sabe a importância fundamental que se tem ao investir em segurança do trabalho, que tal conhecer mais sobre os nossos serviços em Saúde e Segurança do Trabalho?
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